às vezes você faz
dos moinhos de vento
seus inimigos
às vezes você torna
um espantalho
em sua amada
às vezes você dobra
quinas e esquinas e
labirintos,
se encosta, se escorna,
se faz de vítima,
se faz de maçã e
de cobra
mas nada é tão intenso
quanto o mangue
do teu sangue,
nada é tão imenso
quanto o ar,
que te faz viver,
embora com fome
ou com sede ou conforme
a prisão ou a liberdade,
nada é tão vasto
como é o amor sincero
e a mulher eleita
e o amigo eterno.
e a franqueza plena
da morte.
03.07.2013
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